quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Forever young


Nick Hornby deve ter «forever young» como uma das suas músicas predilectas, inserida em versões múltiplas num moderno IPod de bolso. A sua obra literária é marcada pelo estado hipnótico da adolescência, esse hiato temporal onde a felicidade adquire o gosto da eternidade.
Em Novembro o «Código D`Avintes» dá destaque a «About a Boy», editado na Lusitânia pela Teorema sob o nome de «Era uma vez um rapaz». O livro acompanha os destinos de Will, um adolescente de trinta e seis anos que vive dos direitos de autor de uma música de natal, muito popular em elevadores e grandes superfícies, herdada do pai que foi, literalmente, artista de uma música só.
O clic da história acontece quando Will, ao frequentar um curso para pais separados - para levar miúdas giras para a cama -, acaba por se envolver numa espiral que o leva a conhecer Marcus, um miúdo com sérios problemas em se ajustar ao meio, e Fiona, a mãe suicida submersa em dúvidas existenciais de intensidade máxima.
Entre o culto assumido pela irresponsabilidade, o descomprometimento perante o mundo real e a vontade de fazer parte de algo maior, Will vai empreender uma viagem onde no final nada será como dantes. Ou será? Mais não dizemos, o melhor é lerem mesmo tudo. Nos comments deixamos um pequeno excerto.

2 comentários:

Lusco Fusco disse...

«Boa. Jeito para quê? Para que é que ele tinha jeito? Aqui estava a pergunta de um-milhão-de-dólares, a que nunca tinha conseguido responder a propósito do que quer que seja. Talvez tivesse jeito para crianças, embora as detestasse, assim como todos os que fossem responsáveis por as ter trazido ao mundo».

Miguel Almeida disse...

«(...) estado hipnótico da adolescência, esse hiato temporal onde a felicidade adquire o gosto da eternidade.»

Inspirado (!)
Sim, senhor... ; )

Já ficou em queue para o fim-de-semana.