Gustavo Kuerten, uma das estrelas caídas do universo do ténis, disse há dias que Roger Federer não era melhor que Pete Sampras. Porém, se Guga assistiu ontem ao jogo entre Roddick e Federer, terá apresentado rendição imediata ao jogador suiço escondido atrás de uma trémula bandeira branca.
Quando pensamos em Roger Federer lembramo-nos de relógios que nunca se atrasam, da pontualidade britânica, do rigor orçamental germânico. O suiço, durante as mais de duas horas de jogo, manteve a mesma pose de alheamento e concentração, reagindo da mesma forma aos bons e aos maus momentos. Mesmo quando enfrentou três match points no tie-break do segundo set o seu olhar nunca exprimiu a vertigem da derrota anunciada. Federer acabou por vencer Roddick em três partidas jogadas ao limite (4-6, 7-6 (10-8) e 6-4), num jogo que mais parecia uma final de um Grand Slam.
Chamem-lhe nomes feios como relógio de parede ou ampulheta. Acusem-no de falta de emotividade. O Fusco-Lusco está rendido e estende a passadeira vermelha ao rei da bolinha amarela.
1 comentário:
Já num comentário a outro post neste blog tinha dito que o dominio de Federer tirava piada ao ténis masculino... a única piada que ainda resta é ver os outros jogadores a tentar a todo o custo derrotá-lo... e a sua calma olimpica quando joga pontos importantes é para um jogador de outro mundo.
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