Já se sabe que quando as letras se transformam em frames a coisa muda de figura. Eragon é um desses casos tristes de reconversão. Ainda que o livro se trate de uma imitação (esforçada) do Senhor dos Anéis, consegue ter alguma piada e criar um clima de expectativa e interacção com as personagens. Já a adaptação cinematográfica é um verdadeiro tiro ao lado, atirando pela janela tudo o que de bom o livro havia conseguido criar: o crescimento de Saphira, a aprendizagem de Eragon (luta, magia, telepatia), a cidade dos mercadores, a passagem pelo deserto, a revelação das montanhas e a fuga aos traficantes de escravos, ou personagens bem construídas como Murtagh ou Broom. São tantas as falhas que, se falarmos muito alto, nos arriscamos a provocar um terramoto. Será que o realizador leu o livro? Fraquinho.
Sem comentários:
Enviar um comentário