Dramaturgo, poeta, actor, experimentalista, escritor maldito. Terminou os seus dias num asilo para gente desviante, desprovido do génio e sujeito a electrochoques. Esta semana, é reeditado na Lusitânia um dos livros maiores de Antonin Artaud (1896-1948): O Teatro e o seu Duplo. Nele, o escritor reclama para o Teatro o poder do sonho, a dimensão do inconsciente e a expressão ilusória arrancada à magia, transformando o encenador num supremo mestre da criação: recorrendo à luz e às sombras, a cenários vivos que colocam o infinito do mundo em cima de um palco com fronteiras visíveis, revelando o duplo do teatro e a vida verdadeira.
Está patente em Paris, até 4 de Fevereiro, na Bibliothèque Nationale (núcleo François Miterrand), uma homenagem a Artaud. Um homem que desejou o renascimento de um mundo mergulhado em escombros e caminhando sobre destroços.
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