terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Pobres de espírito

Há uns anos atrás, e após a conquista do campeonato e da liga dos campeões, José Mourinho quase teve de pedir uma escolta policial para sair do Porto rumo aos blues de Inglaterra. Nesse ano, e como que por birra presidencial, o dragão de ouro para treinador do ano foi atribuído ao treinador de basquetebol de então, nome que a memória já se encarregou de levar rio abaixo.

Este ano, após ter cozinhado uma panela de dobrada como há muito não se comia na cidade (vencendo campeonato e taça), Adriaanse foi posto a andar com o rótulo de ditador, exigente e pouco amigo da farra. Nada demais, as taças já estavam na salinha dos troféus. Há poucos dias, na cerimónia de entrega dos dragões de ouro, Rui barros - que orientou o clube aí durante um mesinho - foi eleito treinador do ano.

Mesmo que saindo de forma travessa, ambos os treinadores deram ao clube aquilo de que ele se alimenta: títulos. Porém, na hora do reconhecimento dos que por lá passam, os azuis sentados no poder fecham os olhos e lá vão saltando de birra em birra. Com gente desta a tomar decisões, não admira que muitos vejam o fêquêpê como um mero clube de bairro. Triste pobreza de espírito.

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