Não se percebe se a ideia era fazer um filme sobre o efeito borboleta, a família como último local de consolo ou mostrar que a globalização não é coisa quer traga nada de bom ao mundo. Seja como for, Babel, de Alejandro González Iñárritu, revela-se um filme bocejante, previsível, exageradamente caricatural e nunca convincente em termos do puzzle narativo e das histórias compartimentadas que pretende criar. Personagens esteriotipadas, mensagens políticas pouco credíveis, saltos temporais falhados, fotografias culturais demasiado forçadas, uma narrativa que nunca consegue criar qualquer fio condutor e que falha na tentativa de tecer uma teia multicultural, limitando-se a ser um exercício sobre o vazio. Muito fraquinho.
domingo, 11 de fevereiro de 2007
À volta do vazio
Não se percebe se a ideia era fazer um filme sobre o efeito borboleta, a família como último local de consolo ou mostrar que a globalização não é coisa quer traga nada de bom ao mundo. Seja como for, Babel, de Alejandro González Iñárritu, revela-se um filme bocejante, previsível, exageradamente caricatural e nunca convincente em termos do puzzle narativo e das histórias compartimentadas que pretende criar. Personagens esteriotipadas, mensagens políticas pouco credíveis, saltos temporais falhados, fotografias culturais demasiado forçadas, uma narrativa que nunca consegue criar qualquer fio condutor e que falha na tentativa de tecer uma teia multicultural, limitando-se a ser um exercício sobre o vazio. Muito fraquinho.
6 comentários:
"limitando-se a ser um exercício sobre o vazio."
Ora bolas, também o Seinfeld era "uma série sobre nada" e não deixa de ser a série mais genial que existe.
A diferença não está no objecto em si, neste caso o nada, mas na forma em como este é representado.
As personagens em Seinfeld são exemplares e respiram personalidade, ao contrário das de Babel que não vão além do estatuto de esteriótipos mal elaborados.
Respeito a crítica, mas desculpem-me..aquilo nao era o Brad Pitt a espreitar num quadradinho?
Eu achei que o tema principal era a dificuldade de comunicarmos uns com os outros. Daí o titulo: Babel (o que impossibilita logo que para mim o filme tenha andado em torno do vazio). Pelos vistos, o realizador contigo conseguiu alcançar aquilo que propunha retratar: não te conseguiu comunicar nada, embora tentasse.
Aliás, pelas criticas que tenho ouvido, o filme acabou por transformar-se naquele tipo de filme amor/ódio - ou gosta-se, ou não gosta-se. Eu sou dos que gostei.
Fusco, da próxima vez vê o filme ; ) Alexandra, francamente... Jorge, tou contigo, pá: também gostei.
Uma verdadeira democracia cinéfila, gostei!
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