terça-feira, 13 de março de 2007

É desta que compro um LCD


É considerado, em todo o planeta, uma das pessoas mais cool. James Murphy, o homem por detrás da editora DFA e da banda LCD Soundsystem, tem razões para sorrir. Melómano confesso andou anos perdido em bandas menores de sonoridades obscuras, preferindo a vida de músico desviante à oportunidade de escrever histórias para Seinfeld. Um dia decidiu montar o seu próprio estúdio e, com a relação estabelecida com o produtor/programador Tim Goldsworthy, criou os LCD Soundsystem.
«Losing My Edge», o primeiro single editado em 2002, tomou de assalto pistas de dança e corpos dados a uma boa dose de movimento. 2005 foi o ano de estreia, com título homónimo, num dos discos mais criativos, efusivos, festivos e dançáveis que passaram pelos nosso ouvidos. Nascia um novo fenómeno, que misturava o rock e a dança num cocktail fresco, delicioso e propenso a uma escapadela nocturna para o abanar de ancas. Desde então os LCD Soundsystem têm ganho crédito em todos os quadrantes musicais, misturando temas para gente tão diversa quanto Metro Area, N.E.R.D ou Le Tigre. Até tiveram tempo para recusar colaborar com Janet Jackson, uma admiradora (muito) pouco provável da banda.
2007 é o ano para a segunda aventura musical de Murphy e Goldsworthy, que recebeu o nome de «The Sound of Silver». Pode dizer-se que em nada é inferior ao disco de estreia, antes o supera em todos os quadrantes. James Murphy: mordaz, politicamente acutilante, um génio ao serviço do planeta. Definitivamente, este não é um disco de prata. Temos medalha de ouro.

Sem comentários: