segunda-feira, 9 de abril de 2007

A hora do adeus



«The Sopranos», a série televisiva que fez com que se conseguisse olhar para a televisão com olhos de arte, entrou na recta final da sua existência. Há dias, foi exibido nas américas o primeiro dos nove episódios da sexta série, o capítulo final de uma série absolutamente delirante e que transformou o pequeno canal televisivo HBO num sistema interplanetário de fornecedor de séries.

Desde 1999 que assistimos ao percurso de Tony Soprano, líder da família DiMeo e de grande parte dos negócios de Nova Iorque. Por debaixo de uma (aparente) vilolência brutal, existe um homem de meia idade em profunda crise existencial, cansado da sua exigente profissão, gerindo uma vida familiar entre escapadelas sexuais e aventuras furtivas de romances fugazes. Um homem que, entre actos onde não há espaço para a piedade, sofre ataques de pânico, crises de ansiedade e recorre à terapia como forma de manter os pés presos a este mundo. Um retrato mordaz da classe média americana numa das melhores séries de toda a história da televisão.

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