segunda-feira, 2 de abril de 2007

Observatório independente


No Indielisboa há vida para lá da competição. Hoje, o Fusco mostra pedaços de sinopses (retirados do site do festival) e aponta para alguns trailers. Tudo em nome do Observatório.
Angel, de François Ozon: «História de uma jovem escritora light no início do século XX, que alcança rapidamente a fama e, da mesma forma, cai em desgraça, suscitando em igual medida amor e ódio» (21 Abril, 21h45, S. Jorge 1);
Fay Grim, de Hal Hartley: Dez anos depois de «Henry Fool», Hal Hartley regressa à boa forma e à história de Fay Grim e de Ryan, o seu ex-marido em fuga e perseguido pela CIA. Agora Fay mora em Woodside, no bairro de Queens, em Nova Iorque. Ned tem catorze anos e vive com a mãe, o pai desapareceu há sete anos, depois de ter morto acidentalmente um vizinho. Desde então, Fay Grim tem de cuidar do filho sozinha, o que a tornou uma mãe obsessiva, que tenta que Ned nunca venha a ser como o pai...» (24 Abril, 21h45, S. Jorge 1);
Forever, de Heddy Honigmann: «Este documentário mostra-nos como os mortos vivem, quais fantasmas, na imaginação dos vivos. Actualmente um cemitério é, sobretudo, um produto da mente humana. “Se pensássemos num cemitério como ele realmente é seria insuportável”, diz um dos “entrevistados”. Uma fã de “Em Busca do Tempo Perdido”, de Proust, afirma: “Se a tua vida estiver preenchida com os romances de Balzac, os poemas de Musset e a música de Chopin, nunca te sentirás só”» (26 Abril, 15h45, Londres 1 ● 28 Abril, 18h30, Londres 1);
Offside, de Jafar Panahi: «...viagem de 99 minutos pelo mundo do futebol, durante os quais os espectadores não verão a bola nem os jogadores por mais que alguns segundos. O filme foca-se no papel que o futebol pode desempenhar na vida das mulheres iranianas, que são proibidas de assistir a jogos de futebol» (22 Abril, 18h30, Londres 1 ● 26 Abril, 21h45, Londres 1);
Old Joy, de Kelly Reichardt: «Pouco convencional e contando com o cantor Will Oldham como o improvável actor principal, Old Joy retrata a inevitável crise existencial que ocorre na passagem para uma vida adulta mais amadurecida. Como um observador externo dos protagonistas, o filme transporta-nos para nuances psicológicas um pouco ao estilo de “Lost in Translation” ou “Before Sunrise” e “Before Sunset”, mas com o cunho muito próprio de Kelly Reichardt» (20 Abril, 21h30, King 3 ● 24 Abril, 22h00, King 1 ● 28 Abril, 00h30, King 1);
Rio Turvo, de Edgar Pêra: «...intriga amorosa protagonizada por Nuno Melo e Teresa Salgueiro a desenrolar-se sobre o pano de fundo do trabalho de um grupo de homens (José Wallenstein e os cantores JP Simões e Manuel João são alguns deles) que num terreno pantanoso preparam a construção futura de um grandioso aeroporto (!). Humor, fado, surrealismo e uma atmosfera semi-fantástica marcam uma obra originalíssima e surpreendente que até tem Platão como autor de alguns diálogos» (26 Abril, 22h15, Fórum Lisboa ● 28 Abril, 15h30, King 2);
A Scanner Darkly, de Richard Linklater: «Bob Arctor (Keanu Reeves) é um polícia infiltrado num grupo de toxicodependentes, que tem como missão descobrir a origem da nova e poderosa droga “D”. Mas, aos poucos, ele próprio fica viciado nesse poderoso alucinogénio e empreende uma corrida contra o tempo, de forma a conseguir cumprir a sua missão. Recorrendo às técnicas de animação já utilizadas em Waking Life (2001), Linklater cria um universo fluído que faz justiça à degradação psíquica do protagonista, ajudando a criar cenários que representam, de forma por vezes opressiva para o espectador, as alucinações das personagens» (19 Abril, 22h15, Fórum Lisboa ● 22 Abril, 16h00, Fórum Lisboa).

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