quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Se arrependimento matasse...
Ontem as palavras eram qualquer coisa como «não toquei num cabelinho dele». Hoje, depois de consultar o oráculo, Scolari fez mea culpa, tentando colocar uma pedra sobre uma poça de vergonha. Pediu desculpas à Federação, aos portugueses, à Nossa Senhora de Caravaggio, só se esqueceu mesmo do jogador sérvio a quem tentou arrancar uns pelos da barba com a mão fechada.
O brasileiro pareceu tão arrependido quanto Nero depois de pegar fogo a Roma, recitando uma lenga-lenga para tentar minimizar o estrago. Disse que fez o que fez para proteger Quaresma, que pelas imagens televisivas estava tão assustado quanto Jack o Estripador numa noite de nevoeiro.
Quanto ao Fusco, a convicção é a de que a UEFA desempenha o papel de Deus na terra: dorme pouco e nunca perde um jogo. E que o brasileiro irá passar algum tempo a ver futebol da bancada. Com Portugal na corda bamba do apuramento, o melhor será começar a procurar um novo timoneiro para uma embarcação que está a poucos metros de ir ao fundo. Adivinha-se uma nova era. Sem sotaque. Se o arrependimento matasse, Scolari teria alcançado ontem a imortalidade.
2 comentários:
Fusco, o homem é brasileiro.. por aqui tudo se resolve na marra mesmo, meu caro.. Não sei se ele teve ou não razão, desconheço os pormenores, mas lembro-me que ele vestiu Portugal de vermelho e verde como não se fazia desde Salazar (e sem usar os mesmos métodos), uniu uma Nação e colocou a Equipa no centro da fofoca futubolistica.. Não tem perdão?
Bjos à madame Fusco-Lusco
Pode ter. Duvido é que a UEFA feche os olhos à coisa e mande apenas Scolari rezar três pais nossos e quatro avés marias...
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