quarta-feira, 29 de abril de 2009

De cabeça perdida



Lucretia Martel é uma rapariga com uma grande obsessão: a alta burguesia argentina. Depois de "La niña santa", do longínquo ano de 2004, a realizadora apresenta-nos agora "La mujer sin cabeza". Uma história sobre uma mulher que ao conduzir numa estrada secundária embate violentamente em algo, não voltando atrás para descobrir o que terá acontecido. Os dias passam-se e é como se aquele incidente a vá fazendo sair de si própria, questionando não só a possibilidade de ter morto alguém como a própria vida que a cerca. Se à partida estaríamos diante de uma história com muito potencial, "La mujer sin cabeza" acaba por se tornar num exercício fílmico demasiado encenado, pouco credível e muito calculista, criando no espectador alguma monotonia. Uma decapitação falhada a que o Fusco oferece 6 cabeças em 10.

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