sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A caminho do Inferno com os Massive Attack



O primeiro disco dos Massive Attack veio parar-me às mãos por uma sorte danada. Em 1991 tinha dado uma lista com mais de 20 discos à minha irmã, mas o único disponível na loja era precisamente "Blue Lines", um disco assombroso onde se chamou trip hop a uma música que parecia de outro planeta. Três anos mais tarde, em pleno desvario universitário, mergulhei no estado orgânico de "Protection". No ano de 1998, já em terras de sua majestade, sentei-me numa "Mezzanine" a contemplar as escuras e tenebrosas águas do Thames. Em 2003, abri 100 janelas para respirar depois de ouvir sem conta o quarto original da banda. E eis que chegamos a 2010, ano da edição de "Heligoland", quinto capítulo de uma carreira sem falhas.

E o que dizer de "Heligoland"? Ficamo-nos por isto: é um disco enorme sem desejos de revolução, onde se respiram balões de reggae, hip-hop e soul enchidos pelo regressado Grant "Daddy G" Marshall. Daqui a sete anos falaremos de um novo disco. Por agora dediquem-se de corpo inteiro a este grande momento musical. 8 peças de lego em 10.

Sem comentários: