A fechar uma noite até então marcada pelo profissionalismo e o extremo cuidado em não tropeçar num acorde sequer, esteve a criatura verde mais curtida do planeta Terra.
Adam Green, visivelmente num estado psicotrópico mais afecto ao planeta Marte, sentou-se na cadeira com um ar bem-disposto perdido entre guitarras e cordas. Munido de um livro de conversação em português para estrangeiros disse algumas frases como «Estou grávida» e «Dói-me o dente» (ou algo parecido...), o que de imediato fez mudar o rumo sério que a embarcação festivaleira tinha tomado em noite de dilúvio.
Na sua actuação entre o devaneio e a genialidade, Adam Green teve tempo para revisitar todos os seus discos, acedendo aos pedidos feitos pelo público (nós gritámos por Jessica Simpson). Desafinou, praguejou, disse asneiras, deslumbrou, encheu o cine-teatro com a sua voz poderosa, arrancada ao mesmo céu onde habitam os deuses do Olimpo.
Para o Fusco-Lusco este foi, sem dúvida, o mais ao quadrado do festival. Volta sempre Adam, Sinatra endiabrado. Obrigado por nos teres feito rir como crianças felizes, esquecidas do mundo que gritava lá fora.
2 comentários:
completamente de acordo, nunca tinha rido tanto e com tanto gosto num concerto, o prazer da musica e o gozo puro!E como estamos num blog com futebol misturado ... os verdes sao mesmo os maiores!
O rei das criaturas verdes não será antes o rei Leão?
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