segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Com muito (a)Fink(o)


Fink apresentou-se em palco abraçado a uma guitarra acústica, fazendo-se acompanhar por um baterista e um viola-baixo. A actuação girou à volta de Biscuits for Breakfast, de 2006, onde Fink decidiu trocar o universo dançante e flutuante das electrónicas pela dedicação à composição acústica.
A performance andou algures entre o melhorzinho - será que existe? - dos Dave Matthews Band e a inspiração de uns Alice in Chains em formato acústico, levitando por sonhos cor-de-rosa. A empatia entre os músicos foi evidente, estendendo-se à comunicação com o público. Se em disco as primeiras audições se sentem como se estivéssemos com a janela aberta num dia de neve e gelo, ao vivo a música agarrou-nos logo à primeira. Tivémos a visão de estarmos enrolados numa manta, diante de uma lareira espevitada, a sorver um tinto de eleição.
Caloroso, musicalmente perfeito, Fink procedeu ao milagre da multiplicação, mostrando que o abandono da elctrónica poderá ter sido uma escolha bem acertada. O Fusco-Lusco seguirá os próximos passos de Fink, esperando que o virus Dave Matthews seja exterminado com uma boa dose de sumo de laranja. Haja fé.

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