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Little Miss Sunshine foi, neste 2006 que se apaga, um dos filmes mais falados do circuito de cinema independente.
Estamos perante uma família típica: Richard, o pai orador, criador dos 9 passos fundamentais para alcançar o sucesso; Sheryl, a mãe de família, neurótica de profissão e sem tempo para cozinhar - nem sequer um ovo estrelado; Edwin, o avô retornado, snifador de heroína que voltou da guerra com balas nazis no rabo - e que simplesmente odeia galinha; Dwayne, o filho apaixonado por Nietzsche, que odeia todos e vive um voto de silêncio que dura há nove meses; Frank, o tio homossexual, conhecedor n.º1 de Proust do planeta, que se tornou suicida após uma paixão fracassada; e Olive, a mais nova da família, que sonha em tornar-se Miss America. É por ela que toda a família vai percorrer mais de 1500 quilómetros em dois dias para participar no concurso que vai coroar Little Miss Sunshine.
O filme é delicioso, uma viagem ao sempre psicadélico universo familiar e ao que de facto une as famílias: uma loucura amorosa algures entre a pura neurose e um abraço apertado como um nó de gravata. Um sumo de laranja bem fresquinho.
Após o visionamento de Little Miss Sunshine o Fusco-Lusco ficou com vontade de reler «Miss Wyoming», de Douglas Coupland, que nos conta a história de Susan Colgate. A heroína que passou a infância e a adolescência a ser manipulada pela mãe, trocando as bonecas pelos concursos de beleza. Um must read...
Link para wallpapers de sonho.
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