quinta-feira, 8 de março de 2007
Back to classics
Com «The Good German», Steven Soderbergh decidiu brincar aos clássicos e saiu-se com uma película que nos mostra o cinema em todo o seu esplendor, como uma arte de criação e destruição de sonhos.
A imagem, na duplicidade de um a preto e branco com a presença de um constante granulado, transporta-nos de volta aos anos quarenta e cinquenta, época de divas glamorosas, amor confesso aos grandes planos e uma fotografia de fazer a World Press Photo roer-se de inveja. Mas nem só de boas imagens e sentidas homenagens vive este «The Good German». O argumento, da autoria de Paul Attanasio, segue à risca a escrita densa e de contornos poéticos associada à época áurea do cinema negro.
Somos transportados até 1945, ano em que termina a segunda guerra e onde os abutres americanos e russos disputam entre si todo o séquito, humano e tecnológico, colocando de lado questões éticas. É, também, um filme que nos mostra o instinto de sobrevivência humana em tempos de guerra, onde tudo vale para garantir a vida individual.
Cate Blanchett está divinal, uma verdadeira princesa, superior a uma Marlene Dietrich nos dias de maior inspiração. É ao seu redor que gira a narrativa, é através dela que bebemos a história em crescendo que se nos vai oferecendo. O final, um simpático tributo ao incontornável Casablanca, deixa-nos uma vontade enorme de revisitar os clássicos. Uma boa surpresa, mais uma de Soderbergh.
3 comentários:
Leitora assídua, embora silenciosa, deste espaço de lusco-fusco, levanto a voz para reclamar por um tributo às mulheres e ... aos homens neste dia de 8 de Março.
Leitora assídua, embora silenciosa, deste espaço de lusco-fusco, levanto a voz para reclamar por um tributo às mulheres e ... aos homens neste dia de 8 de Março.
Isto de estar sem net o dia inteiro não é fácil. Fica desde já prometido um grande tributo durante o fim-de-semana. Até lá!
Enviar um comentário