Depois de um negro e intimista hat-trick cinéfilo sobre a juventude constituído por «Gerry» (2002), «Elephant» (2003) e «Last Days» (2005), Gus Van Sant apresentou no Festival de Cannes o filme «Paranoid Park», um novo olhar sobre a angústia da adolescência.
O filme conta a história de Alex, um miúdo que por acidente mata um segurança numa das suas escapadelas nocturnas montado num tábua de skate. Entre o divórcio dos pais e uma confusa relação amorosa, Alex vai tentar encontrar uma forma de limpar a consciência, afastando a culpa e o remorso de um devorador silêncio.
A julgar pelas críticas que falam em aplausos nos screenings, estaremos diante de mais um pedaço fílmico a remeter para a poesia. Falam-se em planos como quadros, evoca-se a música imagética de Nino Rota e Elliott Smith, elogia-se uma fotografia de sonho (pela mão de Christopher Doyle, ex-colaborador habitual de Wong Kar-Wai). Diz-se que Van Sant sabe, melhor que ninguém, filmar a forma de comunicar dos jovens: nada é feito com grande entusiasmo ou convicção, e não há espaço para grandes discursos ou momentos épicos. A estreia na Lusitânia só deve acontecer lá para 2008. Resta-nos a espera.
1 comentário:
Vês? Há sempre um Alex nos filmes, eu bem te disse!
Bjos
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