Carlos Bica, um dos nomes mais sonantes do universo jazzístico lusitano, surgiu acompanhado pelo Trio Azul, formação com que alcançou a maior projecção da sua carreira com o celebrado "Azul", de 1996. Para ajudar à festa de um jazz que é uma autêntica mestiçagem, o gang contou com a irreverência de DJ Ill Vibe, que ofereceu um toque extra de imaginação a um colectivo que não hesitou em mergulhar nas águas da improvisação. Um início de noite simpático e erudito.
Nos Tartit o poder pertence às mulheres. Elas tocam, cantam, vestem-se com as cores do mundo e mostram os bonitos rostos que dão vida aos desertos africanos. Os homens refugiam-se por detrás de panos negros, dançam como bailarinos graciosos e fazem a corte como verdadeiros príncipes. Um concerto em tons minimalistas, nas margens de uma colectiva hipnose, que resultou num dos momentos mais tocantes do FMM.
Por vezes abraçando o espírito de baile de finalistas, Mahmoud Ahmed fechou a noite de quinta-feira com uma mistura de pop, jazz e alguns pozinhos de agitação pimba. Não foi mau, mas por essa altura ainda estávamos a pensar no imenso deserto.
Sem comentários:
Enviar um comentário