segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Nunca mais me barbeio/ I will never shave



Para quem espera de «Sweeney Todd: o Terrível Barbeiro de Fleet Street» um filme burtoniano dos sete costados, certamente abandonará a sala de cinema envolto numa melancólica tristeza. Apesar do negrume, dos cenários a la Dickens e do sangue que corre a jorros, este será talvez o filme onde Burton deu menos largas à sua peculiar forma de olhar o mundo, talvez demasiado preocupado em não destoar da versão de Stephen Sondheim. Além do mais, o estado musical em que o filme habita não ajuda ao domínio do negrume, mantendo uma janela aberta para paragens obrigatórias demasiado iluminadas. Apesar de não ter delirado com os crimes do barbeiro vingador, o Fusco oferece três lâminas de prata (em cinco). Que o próximo de Burton cubra com juros este mergulho no musical.



Those who expect «Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street» to be a pure burtonian movie, will surely leave the cinema embraced in a melancholic sadness. Even there is darkness, Dickens scenarios and blood running wild, this will probably be the movie where Burton played mostly on defense, maybe too worried about not cutting with the Stephen Sondheim version. Besides that, the musical state in which the movie inhabits doesn`t help the darkness to fit in, always keeping an open window for mandatory stops where ther is too much light. Even we were not astonished with the crimes of the avenger barber, we offer it three silver razors (in five). We wish the next Burton movie covers with interests this dive into the musical.

1 comentário:

Anónimo disse...

Subescrevo inteiramente. Perde muito por se manter fiel ao musical. É texto para palco e não para ecrã, definitivamente. Para além de que há muito de Eduardo em Sweeney. Não sei se é bom ou mau.


Gosto sempre de ler o seu blog. Interessante.