Formados na Áustria em 1998, os The Vegetable Orchestra continuam na sombra - e no desconhecimento puro -daquilo que se vai fazendo no universo da música experimental. Que, no caso desta banda, se estende da música aos próprios instrumentos.
No dia de um espectáculo, a orquestra dirige-se ao mercado da zona e, depois de muito apalpanço e pesagem, compra os vegetais que se tornarão nos instrumentos dessa noite. Os vegetais são depois furados, martelados, serrados, cortados, até que as cenouras se transformem em reco-recos ou as abóboras se transmutem em congas tribais evocadoras de África e outras paragens mais viradas para o abanar de anca desenfreado. Depois de cada espectáculo, e para completar um ciclo de nascimento e morte, os vegetais são atirados para dentro de um grande caldeirão e transformados em sopa, acabando no estômago dos espectadores.
"ONIONOISE", o terceiro disco da banda, teve edição em Outubro do ano passado mas, com alguma sorte, ainda pode ser encontrado numa loja de discos com ar de mercado municipal. Abram os olhos e ponham os vossos ouvidos neste estranho jazz vegetal.
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