quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Está-se muito bem na Riviera



Há coisa de meses, o Fusco disse que os Metronomy eram o tesouro mais bem guardado e enterrado em terras de Sua Majestade. Não é que fossem uns desconhecidos, mas a relação qualidade-reconhecimento era pouco apreciada pelo público, que preferia outras bandas que iam sendo apontadas na imprensa britânica como a "the next big thing". Desde então, muita coisa mudou. A banda está nomeada para o Mercury Prize na categoria de melhor disco de 2011 e, há coisa de dias, assinou um dos grandes concertos do Festival de Paredes de Coura, apesar de ninguém da imprensa musical lusitana parecer ter reparado.

"The English Riviera", o terceiro longa duração da banda, mostra-nos os Metronomy como os grandes representantes da pop avant-garde e excêntrica da Grã-Bretanha, ainda que o índice de loucura mostrado nos anteriores discos esteja agora mais controlado. A dança esquizofrénica deu lugar às boas vibrações e a sintetizadores com travo a açúcar amarelo, acompanhados por um baixo endiabrado que molda as canções em formas tão diversas quanto o funk, a nu-rave ou o rock levezinho. 9 doses de charme (em 10) para ver o sol nascer e morrer todos os dias, num Verão musical que se quer eterno.

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