terça-feira, 28 de novembro de 2006

O cromo do natal



Na Venezuela, onde reina a democracia ditatorial de Hugo Chavez, o natal vai ser diferente. O Pai Natal, aquele senhor bem simpático vestido de roupão vermelho e ostentando uma majestosa barba branca, foi proibido de aparecer em locais e edifícios públicos.

Acusado de ser um símbolo do imperialismo e do consumismo, o pai natal terá de procurar um outro país para estacionar as renas. Porém, como Chavez não quis deixar as crianças venezuelanas sem presentes, decidiu criar um boneco do pai natal à sua imagem, onde encarna ele próprio a personagem da lapónia.

«Chavecito» está disponível em três versões, de aproximadamente 40 cm de altura, e custa bem mais que os bonecos das lojas chinesas ou dos trezentos. Como extra resta dizer que têm tudo o que uma criança deseja ouvir ao carregar num botãozinho. Assim, em vez de frases capitalistas tão batidas como «habla comigo» ou «gosto de ti», os bonecos cantam o hino nacional ou transmitem discursos inflamados do presidente. Para quem queira ser mais arrojado pode optar por El Porfiado (O Teimoso), um boneco insuflável de 20 cm de altura, onde Chavez abraça com orgulho uma bandeira venezuelana.

O Fusco-Lusco sugere um novo boneco: um Chavez à moda das Caldas da Raínha, traído pelas costas ao puxar do fio.

2 comentários:

Miguel Almeida disse...

Mesmo sabendo que essa parte final só representa um sentimento de agressividade infantil, confesso que já deu p'ra rir um bocado! Valeu... : ))

Quanto ao artista, bem...
À *u** q** * ***i* ...

Paulo Hasse Paixão disse...

Post de cinco estrelas.