Joshua Bell, um dos mais famosos violinistas do mundo, decidiu trazer a arte para a rua. Assim, pegou no Stradivarius de 3,5 milhões de dólares e foi tocar para a estação de metro de Washington. A iniciativa, da responsabilidade do Washington Post, pretendia lançar o debate sobre arte, beleza e contextos.
Durante os 45 minutos da actuação ninguém reparou no artista que, três dias antes, tinha tocado no Symphony Hall de Boston - onde os melhores lugares custavam 100 dólares. Vestido de jeans, t-shirt e boné de basebol interpretou "Chaconne", de Bach, "Ave Maria", de Schubert e "Estrellita", de Manuel Ponce.
No final, se descontarmos a nota de vinte dólares dada por uma senhora que o reconheceu, o Ronaldo do violino obteve a simpática quantia de 32,17 dólares. Fora da contexto, a arte parece estar condenada ao anonimato. Ou isso ou a beleza deixou de ter um lugar relevante no mundo moderno.
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